
Ilê Aiyê: "Mais belo dos belos..."
"Que Bloco é esse" (bis)
Eu quero saber
É o mundo negro
Que viemos cantar para você
Branco se você soubesse
O valor que o negro tem
Tu tomava banho de piche
Pra ficar negro também..."
Eu quero saber
É o mundo negro
Que viemos cantar para você
Branco se você soubesse
O valor que o negro tem
Tu tomava banho de piche
Pra ficar negro também..."
Com essa canção, na primeira apresentação no Carnaval, em 1975, o Ilê Aiyê apresentou sua identidade ao povo brasileiro. Essa música celebra o Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro da Bahia que completa 35 anos no Curuzu-Liberdade neste ano.
Como sempre, neste ano, o bloco começa na Liberdade, vai para Campo Grande e finalmente até a Praça da Sé. Como homenagem aos equatorianos, o tema do Carnaval neste ano é "Esmeraldas Pérola negra do Equador." Segundo o website oficial do Ilê Aiyê, "este tema mostrará que a cidade de Esmeraldas abriga a Primeira Comunidade Negra das Américas que não sofreu escravidão, e foi protagonista da melhor recepção ao Ilê Aiyê durante a excursão ao Equador realizada em fevereiro de 2008." Então o tema é uma maneira de celebrar um povo latino que não foi flagelado com a escravidão. Os temas de outros anos incluem "O Negro e o Poder---Se o PODER é bom, eu também quero PODER---" (2006) e "A Força das Raízes Africanas" (1999).
Antônio Carlos dos Santos, o presidente do Ilê Aiyê, conhecido como "Vovô", explicou a importância desse bloco, "esse ritual é para trazer paz e abrir os caminhos para a passagem do nosso bloco....a pipoca e o milho servem para trazer alegria e leveza. Os foliões são benzidos, o trio elétrico também, para que tudo transcorra bem." O ritual inclui práticas do candomblé, desde a fundação do Ilê. Então esse bloco é realmente uma maneira de celebrar a cultura negra na Bahia.
O trabalho do Ilê não termina quando o Carnaval termina. As portas estão abertas o ano inteiro. O Ilê focaliza no desenvolvimento dos afro-brasileiros, mais especificamente: " o objetivo [de Ilê] é preservar, valorizar e expandir a cultura afro-brasileira" (http://www.ileaiye.org.br/). Projetos sociais do Ilê Aiyê incluem: Escola de Alfabetização Mãe Hilda, Escola de Percussão-Canto-Dança e Cidadania, Projeto de Extensão Pedagógica e Senzala do Barro Preto.
No Brasil, não existe uma organização tão poderosa ou dedicada ao desenvolvimento das pessoas negras quanto o Ilê Aiyê. O sucesso do Ilê é mais importante agora do que nunca. A quantidade das pessoas que são afe


3 comentários:
Achei divertido o "banho de piche" na letra da música! É o contrário da idéia de que "como a cor não pega, mulata", é o negro dizendo pro branco que vale a pena ser negro. Ótimo!
Morei um tempo no Curuzu.O Ilê Aiyê tem um projeto social muito bacana voltado para crianças e adolescentes que envolve educação e música.
O Curuzu é uma rua larga e comprida que fica dentro de um bairro chamado Liberdade. Se não me engano, é o maior bairro negro do Brasil.
Eu gosto muito dessa música. A letra é mesmo ótima!
Fui para Curuzu com minha mãe brasileira e ela me contou um pouco da história do bairro. Você tem razão. Curuzu é o maior bairro negro do Brasil. Eu o achei um bairro muito animado com gente boa!
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